Depois de colocar as notas de crédito do Banco Master em observação, a agência de classificação de risco Fitch rebaixou os ratings da instituição depois que o Banco Central vetou a venda para o Banco de Brasília (BRB). A nota de longo prazo foi cortada de B+ para B-, com perspectiva “em revisão negativa”.
A agência argumentou que o fato de o negócio ter sido barrado pelo BC colocou pressão adicional sobre a liquidez do Master e seu acesso a funding (captações).
“Com o veto do Banco Central, os benefícios não serão incorporados aos ratings, que voltam a considerar os fundamentos individuais das entidades. Qualquer nova decisão do regulador que resulte em alterações significativas do acordo levará a uma nova avaliação da transação”, diz a Fitch.
Para a Fitch, a capacidade de geração de resultados e o acesso do Master ao funding se dá agora em um ambiente mais desafiador, envolvendo mais incertezas quanto a sua estabilidade e a seu custo de captação, além do possível encurtamento de prazos e de condições de rolagem mais restritivas.
“A ausência de ganhos de escala e sinergia, que viriam com o acordo com BRB, reduz a flexibilidade para sustentar o ritmo de crescimento previsto, aumentando a vulnerabilidade a choques de liquidez”, escreveu a agência em relatório.
A Fitch aponta que o rating do Master pode ser cortado novamente se a liquidez se enfraquecer, o que seria evidenciado por maior dependência de funding sensível a confiança, caso haja prazos mais curtos ou custos de captação mais altos, caso capital, qualidade de ativos ou rentabilidade se deteriorarem significativamente ou se a execução do plano de negócios se mostrar inconsistente com as atuais condições de mercado.
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