O Banco da Inglaterra (BoE) decidiu manter sua taxa de juros em 5,25% na reunião desta quinta-feira (21), interrompendo assim uma sequência de 14 aumentos seguido. As taxas do juro de referência permaneceram em 5,25% ao ano, contrariando a mediana das projeções de analistas, que previam nova alta de 25 pontos-base, como ocorreu no início de agosto.
A votação foi muito dividida dentro do comitê de política monetária (MPC), com 5 diretores votando pela manutenção e 4 optando uma nova alta de 25 bps.
O MPC afirmou após sua decisão que a política monetária terá de ser suficientemente restritiva durante um período suficiente para que a inflação regresse ao objetivo de 2% de forma sustentável a médio prazo. Um maior aperto na política será necessário se houver evidências de pressões inflacionistas mais persistentes, alertou o comitê do BoE,
A inflação britânica ainda é tema de preocupação para autoridade monetária, mas ensaiou uma desaceleração em agosto. Ontem, o escritório nacional de estatística (ONS, na sigla em inglês), informou que o CPI recuou de 0,5% em julho para 0,3% na comparação mensal e desacelerou de 6,8% para 6,7% nos 12 meses até agosto. E o núcleo da inflação também perdeu força , passando de 6,9% para 6,2% na comparação anual.
“Espera-se que a inflação medida pelo CPI continue a cair significativamente no curto prazo, refletindo uma inflação anual mais baixa dos produtos energéticos, apesar da nova pressão ascendente dos preços do petróleo e novas descidas da inflação dos preços dos produtos alimentares e dos bens básicos. No entanto, projeta-se que a inflação dos preços dos serviços permaneça elevada no curto prazo, com alguma volatilidade potencial mês a mês”, comentou o BoE
No comunicado sobre a decisão, os diretores do BoE estimam que PIB do Reino Unido tenha diminuído 0,5% em julho, com o PMI composto recuando em agosto, embora outros indicadores permaneçam consistentes com um crescimento positivo do PIB.
“Embora algumas destas notícias possam revelar-se erráticas, os funcionários do Banco esperam agora que o PIB aumente apenas ligeiramente no terceiro trimestre de 2023. O crescimento subjacente no segundo semestre também deverá ser mais fraco do que o esperado”, diz o texto.
O BoE também afirma que houve alguns sinais adicionais de afrouxamento no mercado de trabalho, embora este permaneça restritivo segundo os padrões históricos. A relação entre p número de vaga e o desemprego continuou a diminuir no país, diz o comunicado, refletindo tanto uma queda constante no número de vagas como o aumento da taxa de desocupação.
A taxa de desemprego ara 4,3% nos trimestre encerrado em julho, acima do esperado no relatório de agosto, enquanto os indicadores de emprego abrandaram, em geral, num contexto de atividade moderada.
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