Consultoria Empresarial
+ 10 Anos de Experiência
Contabilidade Fiscal
Contabilidade Tributária
Consultoria Empresarial
Consultoria Tributária
Serviços de Contabilidade
Assessoria e Planejamento Tributário

Câmara decide futuro do decreto do IOF nesta quarta: entenda o que está em jogo

A Câmara dos Deputados vota nesta quarta-feira (25) o projeto de decreto legislativo (PLD) que pode revogar o último decreto do governo que alterou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A medida, publicada em 11 de junho, foi a terceira tentativa do governo Lula de reajustar o tributo em menos de um mês, após fortes críticas de setores econômicos e do Congresso.

Se aprovada, a proposta derruba as regras que estão em vigor desde a publicação do decreto, impactando diretamente operações de crédito, câmbio, previdência privada e antecipação de pagamentos a fornecedores (risco sacado).

Simulador de rendimentos: saiba em 1 minuto quanto seu dinheiro pode render

Leia também

Líder do PT critica sessão virtual para revogar alta do IOF: “Assunto sério demais”

Lindbergh Farias diz ter sido surpreendido com pauta de Hugo Motta em meio ao esvaziamento da Câmara

Haddad: Várias instituições começaram a driblar IOF e governo ‘fechou a porta’

Ele ainda afirmou que, mesmo as medidas que foram mal recebidas em um primeiro momento, depois de explicadas, foram recalibradas e aprovadas

Desde o primeiro decreto, publicado em 22 de maio, o governo já recuou duas vezes. O texto inicial elevava o IOF para operações de crédito entre empresas, câmbio e aportes em planos de previdência privada. No mesmo dia, o governo desistiu da tributação sobre remessas para fundos brasileiros no exterior. Em 11 de junho, uma nova versão recalibrou parte dos aumentos, com uma Medida Provisória (MP) complementar para compensar perdas de arrecadação com novas altas em outras frentes, como o Imposto de Renda sobre investimentos.

Qual é a chance de sustação do decreto?

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse na terça-feira (24) que acredita na interlocução com o Congresso, mas fato é que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou em uma publicação no X que pautaria a votação sobre o IOF uma hora depois que a entrevista de Haddad foi ao ar na TV Record.

A votação da urgência da proposta já foi aprovada na Câmara, o que permite que o mérito seja analisado diretamente no plenário. Segundo Motta, o “clima na Câmara não é favorável para o aumento de impostos com objetivo arrecadatório”.

Apesar disso, o histórico mostra que a aprovação de PLDs é rara: desde 1989, apenas 22 dos 2.647 projetos desse tipo foram aprovados, menos de 1% do total.

O que está valendo hoje — e pode cair

As mudanças do decreto de 11 de junho estão em vigor, mas podem ser derrubadas se o PLD for aprovado. Veja os principais pontos:

Crédito para empresas:

Antes: alíquota fixa de 0,38% + diária de 0,0041% (até 1,88% ao ano)Agora: alíquota fixa de 0,38% + diária de 0,0082% (até 3,38% ao ano)

Crédito para empresas do Simples Nacional (até R$ 30 mil):

Antes: até 0,88% ao anoAgora: até 1,38% ao ano

Risco sacado (antecipação a fornecedores):

Antes: sem tributaçãoAgora: taxa diária de 0,0082%; alíquota fixa de 0,95% foi retirada

Cartões internacionais e câmbio pessoal:

Antes: 3,38% com redução progressiva até 2029Agora: congelado em 3,5%

Compra de moeda em espécie e remessas pessoais:

Antes: 1,1%Agora: 3,5%

Remessa para investimentos no exterior por PF:

Continua em 1,1%, após recuo

Previdência privada (VGBL):

Antes: isentoAgora:2025: isenção até R$ 300 mil por CPF (por seguradora); 5% sobre excedente2026: isenção até R$ 600 mil por CPF; 5% sobre excedente

O que não está mais na proposta

O governo já revogou a proposta de aplicar IOF de 3,5% sobre transferências para fundos brasileiros no exterior e sobre retorno de capital estrangeiro — que continuam isentas. A estimativa de arrecadação com o decreto atual é de R$ 10 bilhões, abaixo dos R$ 19,1 bilhões previstos originalmente.

O que acontece se o decreto cair?

Caso o decreto de 11 de junho seja derrubado, o governo perde o ajuste mais recente e retorna à versão anterior — ou seja, o primeiro aumento do IOF proposto em maio. No entanto, o Congresso também poderia avançar com nova discussão para definir o que, de fato, ficará em vigor.

Além disso, a Medida Provisória que alterou a tributação do Imposto de Renda sobre investimentos, enviada junto ao decreto do IOF, pode ter sua tramitação impactada pelo ambiente político.

The post Câmara decide futuro do decreto do IOF nesta quarta: entenda o que está em jogo appeared first on InfoMoney.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Nosso trabalho é fazer o melhor por você e sua empresa

Artigos Relacionados

Entre em contato conosco!

Ligue hoje para

Entre em contato conosco!

Estamos a sua disposição para sanar dúvidas ou perguntas.

    Agende um horário para alavancar sua empresa.

    A melhor hora é agora.