O Citi reduziu sua projeção para a inflação brasileira em 2025 de 5% para 4,8%. Segundo os economistas, a revisão reflete a valorização do câmbio e seus efeitos benignos sobre os preços dos bens transacionáveis.
No câmbio, inclusive, a estimativa do banco é de que o dólar encerre este ano cotado a R$ 5,59.
Para 2026, a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) segue em 4%, condicionada ao cenário em que a taxa Selic permanece estável em 15% até o fim de 2025.
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Em relação ao crescimento da atividade, os economistas avaliam que a política tarifária dos Estados Unidos terão “efeito marginal”.
Eles estimam que as tarifas impostas ao Brasil impactarão negativamente o Produto Interno Bruto (PIB) em cerca de 0,1 a 0,2 ponto percentual neste ano. No entanto, esse impacto provavelmente será compensado pelo plano de contingência e pela realocação das exportações para outros países.
O Citi mantém sua projeção de avanço de 2,2% para a atividade econômica do país este ano.
Do lado fiscal, o banco revisou sua expectativa para o resultado primário, que deve fechar 2025 em -0,7% do PIB, após a incorporação do plano do governo de ajuda aos setores afetados pelas tarifas de Donald Trump. A dívida bruta, por sua vez, deve subir de 76,5% do PIB para 80,3%.
Nas contas externas, os economistas avaliam que a política tarifária dos EUA também terá impacto restrito.
Eles calculam que a taxa efetiva subiu para 32% em abril, ante 2,2% anteriormente. Mesmo assim, a instituição projeta ainda que o déficit em transações correntes neste ano provavelmente superará os ingressos de Investimento Direto no País pela primeira vez desde 2014.