Consultoria Empresarial
+ 10 Anos de Experiência
Contabilidade Fiscal
Contabilidade Tributária
Consultoria Empresarial
Consultoria Tributária
Serviços de Contabilidade
Assessoria e Planejamento Tributário

Com crise, rendimento de títulos da França está mais para Itália do que para Alemanha

A renúncia do primeiro-ministro francês, François Bayrou, após perder um voto de confiança no Parlamento do país, escancara um crise de dívida que não pode ser mais escondida. Os órgãos de imprensa locais e as agência internacionais de notícias internacionais destacaram nesta terça-feira (9) que o rendimento dos títulos de 10 anos do governo francês se alinhou com o dos títulos com o mesmo vencimento da Itália – país com problemas fiscais históricos -, em 3,47%.

Enquanto isso, na comparação com a maior economia europeia, a Alemanha, o spread de rendimento nos títulos de 10 dez anos subiu para mais de 80 pontos-base, o maior desde janeiro. Esse “spread” é uma métrica bastante utilizada por economistas e investidores na hora de optar por diferentes títulos de dívida.

Leia também

Macron indica aliado Sébastien Lecornu como novo primeiro-ministro da França

Velho aliado assume desafio de aprovar orçamento de 2026 em meio a oposição da extrema-direita e da esquerda

Ao jornal Le Monde, Kevin Thozet, membro do comitê de investimentos da empresa francesa de gestão de ativos Carmignac, destacou que os mercados estão dizendo que a incerteza política francesa provavelmente persistirá até 2027. “A probabilidade de uma frente política unificada é muito baixa (…) a questão do déficit não foi resolvida e as incertezas provavelmente desacelerarão o crescimento”, disse.

A análise de Robert-Schramm Fuchs, gerente de portfólio da Janus Henderson, é que é provável que o orçamento de 2026 fique aquém das metas de economia perseguidas por Bayrou — que eram modestas no contexto dos desafios mais amplos do déficit da França. Nesta terça-feira, Macron anunciou seu aliado Sébastien Lecornu como novo premiê.

Fuchs comentou ainda que, para piorar o clima de incerteza, movimentos de protesto organizados pelas redes sociais estão previstos para começar no final desta semana. Estas manifestações poderão rivalizar com a escala do movimento dos “coletes amarelos” (gilets jaunes) de 2018-2019.

Enquanto isso, a Fitch deve divulgar sua atualização sobre a classificação de crédito soberano da França neste fim de semana, com atualizações da Moody’s e da S&P previstas para outubro e novembro. Atualmente, a Fitch classifica a França como AA-, com perspectiva negativa.

“Sem um compromisso social com a contenção fiscal e uma direção política mais clara, é improvável que o spread de crédito soberano da França em relação à Alemanha diminua significativamente. Dependendo de como os eventos se desenrolarem, isso pode acontecer de forma gradual ou abrupta”, afirmou

Cenários do mercado

O gestor da Janus disse ver dois cenários distintos que podem moldar o sentimento dos investidores em relação à França.

No primeiro, haveria aumento gradual do spread entre Alemanha e França. “Neste cenário mais provável, os mercados de ações europeus podem absorver o ruído político. As ações listadas na França podem até mesmo se recuperar no curto prazo, após terem sido pressionadas pela incerteza recente”, explicou.

Ele destacou que Macron, os partidos centristas e a União Europeia têm poucos incentivos para aumentar as tensões. Assim, é provável que a Comissão Europeia aprove um orçamento francês menos ambicioso no âmbito do seu Procedimento por Déficit Excessivo, desde que haja progressos na redução do déficit.

Já no segundo cenário desenhado pelo especialistas da Janus, haveria um aumento rápido do spread. “Caso a instabilidade política se intensifique, as ações francesas podem continuar apresentando desempenho inferior. O índice CAC40 atingiu recentemente mínimas de várias décadas em relação ao DAX da Alemanha e, desde então, tem se movimentado lateralmente. No entanto, os mercados de ações europeus tornaram-se hábeis em distinguir entre os setores e as empresas mais expostos ao risco soberano”, comentou.

O especialistas disse que, em contraste com a França, a Alemanha oferece uma das narrativas macroeconômicas mais atraentes da Europa. “O país está empregando € 500 bilhões em gastos fiscais em infraestrutura e defesa, enquanto o setor privado está investindo € 631 bilhões por meio da iniciativa Made for Germany”, comparou.

Ele acrescentou que uma coalizão governamental coesa também está buscando reformas modestas na previdência social e na tributação, com o objetivo de reativar o crescimento e impulsionar a sustentabilidade e a competitividade.

“Globalmente, os bancos centrais estão reduzindo as taxas de juros, enquanto curvas de rendimento mais acentuadas sinalizam uma aceleração econômica. Essa dinâmica favorece a economia alemã, impulsionada pelas exportações, e posiciona a Europa para um crescimento subestimado em 2026-2027.”

The post Com crise, rendimento de títulos da França está mais para Itália do que para Alemanha appeared first on InfoMoney.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Nosso trabalho é fazer o melhor por você e sua empresa

Artigos Relacionados

Entre em contato conosco!

Ligue hoje para

Entre em contato conosco!

Estamos a sua disposição para sanar dúvidas ou perguntas.

    Agende um horário para alavancar sua empresa.

    A melhor hora é agora.