(Reuters) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que o país cobrará uma tarifa de 15% sobre as importações da Coreia do Sul, uma das várias medidas anunciadas antes do prazo final de 1º de agosto para imposição da cobrança.
Trump também assinou um decreto impondo uma tarifa de 40% sobre as exportações brasileiras, elevando o valor total da tarifa do país para 50%, mas com uma série de isenções.
Ele também ameaçou impor uma tarifa de 25% sobre produtos importados da Índia a partir de 1º de agosto.
COREIA DO SUL
Trump disse que os EUA cobrarão uma tarifa de 15% sobre as importações da Coreia do Sul, incluindo automóveis, como parte de um acordo comercial.
Ele também afirmou que a Coreia do Sul aceitará produtos norte-americanos em seus mercados, incluindo automóveis e itens agrícolas, e não vai impor taxas de importação sobre eles.
Os EUA concordaram que as empresas sul-coreanas não serão colocadas em desvantagem em comparação com outros países em relação às próximas tarifas sobre chips e produtos farmacêuticos, mantendo taxa de 50% sobre aço e alumínio.
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Trump disse ainda que a Coreia do Sul vai investir US$350 bilhões em projetos “de propriedade e controlados pelos Estados Unidos” e selecionados pelo republicano.
A Coreia do Sul disse que US$150 bilhões foram destinados à cooperação na construção naval, enquanto investimentos em chips, baterias, biotecnologia e cooperação em energia nuclear foram responsáveis pelos US$200 bilhões restantes.
Trump disse que a Coreia do Sul também comprará US$100 bilhões em gás natural liquefeito ou outros produtos energéticos, o que, conforme o país asiático, significará uma ligeira mudança nas importações de energia do Oriente Médio nos próximos quatro anos.
BRASIL
Trump aplicou uma tarifa de 50% sobre a maioria dos produtos brasileiros para combater o que ele chamou de “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, mas suavizou o golpe excluindo setores como os de aeronaves, energia e suco de laranja dos impostos mais pesados.
As novas tarifas devem entrar em vigor em 6 de agosto no caso do Brasil.
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Isenções gerais também se aplicam a doações destinadas a aliviar o sofrimento humano, como alimentos, roupas e medicamentos, bem como publicações, filmes, músicas e obras de arte.
ÍNDIA
Trump disse na quarta-feira que os Estados Unidos ainda estão negociando com a Índia sobre o comércio, após anunciar no início do dia que os EUA imporiam uma tarifa de 25% sobre produtos importados do país a partir de sexta-feira.
A Índia tem resistido às exigências dos EUA para abrir seus mercados agrícolas e de laticínios, alegando que tais medidas prejudicariam milhões de agricultores pobres. Nova Déli historicamente excluiu a agricultura dos pactos de livre comércio para proteger os meios de subsistência nacionais.
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De acordo com um folheto informativo da Casa Branca, a Índia impõe uma tarifa média MFN (Nação Mais Favorecida, no inglês) de 39% sobre produtos agrícolas importados, em comparação com 5% nos EUA, com alguns impostos chegando a 50%.
Washington está pressionando por melhor acesso aos mercados da Índia para agricultura, etanol, laticínios, bebidas alcoólicas, automóveis, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos.
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