Apesar dos preços altos, o Dia dos Pais deste ano deve movimentar R$ 27 bilhões no varejo brasileiro, um crescimento de 9,8% em relação a 2024. Os dados são da pesquisa exclusiva realizada pelo Ibevar (Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo) em parceria com a FIA Business School.
O ambiente macroeconômico é complexo, com inflação em 5,17% e Selic em 15%, além da alta inadimplência – 35% dos consumidores com contas em atraso. Ainda asssim, o levantamento aponta que 106,3 milhões de consumidores iram comprar no quarto maior evento do calendário varejista nacional, após Natal, Black Friday e Dia das Mães, número que representa 65% da população adulta do país.
Entre as categorias tradicionais preferidas para presentar no Dia dos Pais, vestuário ainda lidera, com 44% de participação, seguido por calçados (31%) e bebidas (12%). Contudo, hoje enfrentam uma competição mais acirrada de novas categorias, como experiências (16%) e saúde e bem-estar (11%), que apresentaram 45% e 67% de crescimento em relação ao ano passado, respectivamente.
O canal preferido para comprar o presente do Dia dos Pais é o online, escolha de 56% dos consumidores. O ticket médio das compras alcançou R$ 255, um aumento de 8,5% em relação ao ano passado. E o meio de pagamento preferido segue sendo o Pix, usado em 46% das transações – um reflexo do acesso ao crédito mais restrito, segundo o IBEVAR.
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Pais idosos ganham mais presentes
A pesquisa identificou um fenômeno sociológico relevante: filhos adultos, com idade entre 30 e 40 anos, gastam em média R$ 315 com pais idosos, valor 75% superior ao que a geração anterior investia.
Mas o maior gasto da pesquisa é resgistrado no grupo de filhos entre 45 e 55 anos, que devem investir R$ 350 nos presentes.
Matemática da mortalidade
Segundo o Ibevar, a chamada “matemática da mortalidade” adiciona urgência ao ato de presentear.
Com 71% dos millennials (nascidos entre 1981 e 1996) tendo pais acima de 60 anos, e expectativa de vida média de 76 anos, restam estatisticamente de 15 a 20 Dias dos Pais, uma contabilidade mórbida que transforma cada celebração na potencial última – o que pode explicar em partes a vontade dos filhos mais velhos de investir mais no presente.
Produtos sustentáveis na moda
Entre as transformações no comportamento de consumo da data, o destaque foi a explosão dos produtos sustentáveis, cuja participação aumentou 200% em relação a 2024, para 8% de participação.
“A sustentabilidade deixou de ser nicho para tornar-se critério decisório, especialmente entre os Millennials, onde 47% declaram disposição para pagar mais por produtos eco-friendly”, analisa Claudio Felisoni, Presidente do Ibevar e Professor da FIA Business School.
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