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“É tarde demais, as mudanças estão chegando”: O que o lendário Ray Dalio tem a dizer sobre o efeito tarifário de Trump sobre a economia

Não é de hoje que a guerra comercial iniciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, preocupa os economistas. Desta vez, o lendário investidor de hedge fund, Ray Dalio, fez suas análises sobre o tema — e as notícias não são das melhores. 

Em sua publicação, intitulada “It’s Too Late: The Changes Are Coming” (“É tarde demais, as mudanças estão chegando”, em tradução livre), Dalio explica que os efeitos tarifários da política de Trump começaram a surtir efeito na economia real. 

“Algumas pessoas acreditam que as perturbações tarifárias se acalmarão à medida que mais negociações ocorrerem e maior reflexão for dada a como estruturá-las para que funcionem de forma sensata. No entanto, estou ouvindo um número grande e crescente de pessoas que estão tendo que lidar com essas questões e que já é tarde demais”, diz. 

Dalio ficou conhecido por fundar a Bridgewater Associates, um dos hedge funds mais bem sucedidos da história. Com apenas três anos de perdas em décadas, a gestora chegou a administrar cerca de US$ 160 bilhões em ativos.

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As mudanças provocadas por Trump

Assim, Dalio afirma que exportadores e importadores já começaram a dizer que precisam reduzir drasticamente suas relações com os Estados Unidos, “reconhecendo que, aconteça o que acontecer com as tarifas, esses problemas não desaparecerão”. 

Além disso, a realidade tarifária já é algo presente e que é preciso se planejar para o futuro próximo. 

Dalio explica que, mais especificamente, os produtores chineses e investidores norte-americanos com negócios na China já começaram a fazer planos alternativos — independentemente de como será a próxima rodada de negociações comerciais. 

Mais precisamente, o gestor lança luz sobre um tema importante: a dívida norte-americana. 

“Embora ainda não totalmente concretizado, também está se tornando cada vez mais claro que o papel dos Estados Unidos como o maior consumidor mundial de bens manufaturados e o maior produtor de ativos de dívida para financiar seu consumo excessivo é insustentável. Portanto, assumir que se pode vender e emprestar para os EUA e ser pago de volta com dólares fortes (ou seja, não desvalorizados) em suas participações de dívida americana é um pensamento ingênuo, e outros planos precisam ser feitos”. 

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A visão de Ray Dalio sobre o futuro dos EUA

De forma mais simples, Dalio explica que os desequilíbrios gerados por Trump (tanto comercial quanto de capital) estão criando condições insustentáveis e grandes riscos de isolamento dos EUA. 

Assim, o gestor dá uma “receita de bolo” do que deve acontecer a partir de agora. “De forma mais ampla, o que estou dizendo é que, com base em muitos dos meus indicadores, parece que:

estamos à beira do colapso da ordem monetária, da ordem política doméstica e da ordem mundial internacional devido a fundamentos ruins e insustentáveis que podem ser facilmente vistos e medidos;
a progressão dos eventos que levam a esses distúrbios crescentes é semelhante àquelas que progrediram muitas vezes ao longo da história, então esta parece ser uma versão contemporânea da velha história de como as ordens monetária, política e social doméstica e geopolítica internacional mudam;
há um risco crescente de que os Estados Unidos, ao impor esses desafios para lidar com a situação, sejam cada vez mais ignorados por um mundo de países que se adaptarão a essas separações dos Estados Unidos e criarão novas sinapses que crescerão ao seu redor; e
se essas circunstâncias forem gerenciadas da melhor maneira, os resultados serão muito melhores do que se forem gerenciadas da pior maneira.”

Por fim, Ray Dalio conclui sua análise afirmando que é preciso estar ciente e se planejar adequadamente para as mudanças na ordem mundial.

“Acredito que investidores, formuladores de políticas e outros tomadores de decisão precisam parar de oscilar suas opiniões e posições em reação aos movimentos diários do mercado e aos anúncios de políticas e, em vez disso, lidar com essas grandes mudanças fundamentais na ordem mundial com calma, inteligência e, idealmente, de forma cooperativa”, conclui.

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