O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) passou a recuar 0,97% em junho, em resultado puxado pelo recuo dos preços de matérias-primas brutas, de acordo com os dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira (16).
Analistas consultados pela Reuters esperavam uma baixa de 1,06% na base mensal, após variação negativa de 0,01% em maio. Em 12 meses, o IGP-10 passou a subir 5,62%.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, teve queda de 1,54% em junho, depois de cair 0,17% no mês anterior.
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“Com o avanço das colheitas e os resultados positivos da safra, os preços do milho em grão registraram forte recuo neste mês – movimento que impactou diretamente o IPA, levando-o a uma queda significativa”, disse Matheus Dias, economista do FGV IBRE.
Na análise por grupos, a queda no IPA veio na esteira do recuo dos preços de Matéria-Primas Brutas, que tiveram deflação de 2,98% em junho, depois de caírem 1,09% no mês anterior.
Entre os itens com as maiores quedas no mês no IPA, estavam o milho em grão (-16,21%, de -5,36% antes), bovinos (-4,50%, de +3,27% antes), café em grão (-5,79%, de -0,41% antes) e farelo de soja (-8,35%, de +4,36% antes).
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do índice geral, teve alta de 0,28% no mês, desacelerando em relação ao avanço de 0,42% em maio.
“No varejo, o grupo alimentação desacelerou, com destaque para a queda nos preços de ovos, tomate e arroz”, apontou Dias.
No IPC, houve decréscimo em cinco das oito classes que compõem o índice: Alimentação (0,53% para 0,11%), Saúde e Cuidados Pessoais (1,08% para 0,44%), Despesas Diversas (1,15%para 0,14%), Vestuário (0,66% para 0,51%) e Transportes (-0,07% para -0,08%).
O tomate e os ovos foram os itens de maior destaque para a desaceleração do IPC em junho, caindo 8,25% e 6,87%, respectivamente, ante a alta de 4,10% e a baixa de 1,99% no mês anterior.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10), por sua vez, passou a subir 0,87% em junho, depois de um avanço de 0,43% em maio.
O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.
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