O JPMorgan avalia que a recente aproximação entre Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump pode abrir espaço para uma flexibilização das tarifas impostas pelos Estados Unidos contra o Brasil. Em relatório publicado nesta segunda-feira (29), o banco destacou que o gesto dos dois presidentes na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, sinaliza possibilidade de melhora nas relações bilaterais.
As tarifas aplicadas por Washington contra o Brasil em meados de setembro estão entre as mais altas em vigor contra parceiros comerciais americanos. As medidas foram justificadas pela Casa Branca com base em questões políticas e comerciais, incluindo a situação jurídica do ex-presidente Jair Bolsonaro e a investigação aberta sob a Seção 301 da lei de comércio dos EUA.
“Interpretamos o breve encontro na ONU como um sinal de que as relações bilaterais podem melhorar, ou ao menos se estabilizar no curto prazo. Esse aparente degelo pode até abrir caminho para a redução de algumas tarifas”, escreveu a equipe do banco.
O relatório ressalta que, apesar das sanções recentes, a Casa Branca tem ampliado o uso de instrumentos geoeconômicos na região, variando de barreiras comerciais a apoio financeiro direto, como no caso da linha de swap de US$ 20 bilhões anunciada para a Argentina.
No caso brasileiro, a expectativa agora recai sobre uma reunião mais estruturada entre Lula e Trump, que pode ocorrer em outubro, em encontros multilaterais na Itália ou na Malásia.
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