O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a Selic em 0,25 ponto percentual (p.p.), de 14,75% para 15,00% ao ano. Esse é o maior nível da taxa básica de juros desde meados de 2006.
A decisão do colegiado foi unânime e em linha com o esperado por parte do mercado. Na última atualização, com data de referência de ontem (17), o contrato de Opções de Copom da B3 apontava a chance de 64,75% de o Banco Central elevar os juros em 0,25 ponto percentual.
Para o membros do Copom, a decisão de elevar a Selic “é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante”. “Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, acrescentou o documento.
Segundo o comunicado do Copom, a nova elevação marca o fim do ciclo de aperto monetário — que iniciou em setembro do ano passado.
“Em se confirmando o cenário esperado, o Comitê antecipa uma interrupção no ciclo de alta de juros para examinar os impactos acumulados do ajuste já realizado, ainda por serem observados, e então avaliar se o nível corrente da taxa de juros”
O documento ainda confirmou a expectativa do mercado de que o BC deve manter os juros elevados “por período bastante prolongado” e, que essa postura, “é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta”.
O Comitê ainda afirmou que seguirá “vigilante” e que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados. O Copom “não hesitará em prosseguir no ciclo de ajuste caso julgue apropriado”, acrescentaram os diretores em comunicado.
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Na decisão desta quarta-feira (18), os diretores também atualizaram suas expectativas para a inflação. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2025 passou de para 4,8% para 4,9%, acima do teto da meta — de 4,5%.
Em relação ao ambiente internacional, o Comitê passou considerar o cenário externo “adverso e particularmente incerto, em função da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, principalmente acerca de suas políticas comercial e fiscal e de seus respectivos efeitos”.
O Money Times fez a comparação entre o comunicado do Copom desta reunião, com as mudanças assinaladas em relação ao documento da reunião passada.