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Objetivo é reduzir para até 15% tarifas que não estão na exclusão, diz ex-embaixador

O ex-embaixador do Brasil em Londres e em Washington, Rubens Barbosa, afirma que aqueles que não foram beneficiados na lista de exclusão da tarifa de 50% dos EUA precisam trabalhar para reduzir impostos em negociações setorizadas. O objetivo, segundo ele, é chegar a um imposto de importação de até 15% ou 20%.

A declaração foi dada durante a live “As Medidas do Governo Trump e os Efeitos para o Brasil”, promovida pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) nesta sexta-feira. Participaram também Otaviano Canuto, economista e pesquisador sênior no Policy Center for the New South, o sociólogo Thiago de Aragão, diretor de estratégia da consultoria Arko Advice.

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A [lista de] isenção afetou perto de 50% das nossas exportações aos EUA, foi um alívio parcial do impacto negativo do setor privado industrial e agrícola”, disse. “Na questão comercial, agora temos um objetivo claro: reduzir de 50% para 15% ou 20% as tarifas que não foram beneficiadas pela [lista de] exceção”, declarou.

Para ele, o importante é o Brasil estabelecer canais de comunicação entre os governos para poder lutar pelas negociações.

Segundo Thiago de Aragão, as negociações começaram no momento em que Trump divulgou a lista. “O que está acontecendo agora é que temos inúmeras indústrias tentando se adaptar à lista de isenção, ou por estar lá, ou porque querem entrar, e a terceira alternativa é buscar outros mercados”, afirma. “Na pior das hipóteses, haverá diminuição dos investimentos [destas empresas] se não conseguirem redirecionar a produção para mercados que paguem um valor similar [ao dos EUA], já que o mercado doméstico nao poderia absorver tudo que é enviado aos EUA”, avalia.

Negociar é a alternativa

Segundo Barbosa, não há alternativas para o Brasil, a não ser negociar. E, na avaliação dele, o Brasil se saiu bem nas negociações até agora, e deve continuar tentando contato.

“Deveríamos enviar uma alta autoridade, talvez nosso vice-presidente possa ir aos EUA conversar com o vice deles, ou ter um telefonema do Lula ao Trump”, diz.

Café e cacau fora da lista

Entre os setores que ficaram de fora da lista de exclusão, estão os exportadores de café e cacau que, na avaliação de Thiago Aragão, foram escolhidos para exercerem pressão sobre o governo brasileiro.

“Foram deixados de fora porque o Trump precisa de algo para negociar. Se a lista sai perfeita demais, o censo de urgência diminui”, avalia.

LEIA MAIS: Brasil negocia com EUA para excluir café da tarifa de 50%

Para ele, todo o caso reflete o modus operandi de Trump, que usa gatilhos políticos para pressionar decisões comerciais. “Se no Brasil foi o Bolsonaro, no México é o fentanil, no Canadá é o 51° estado, na União Europeia é a anexação da Groenlândia, tem sempre gatilho politico com objetivo comercial, voltado para gerar ansiedade”, avalia.

“Trump gosta de fechar negócios e a forma dele é o jogo de soma zero. Ele entende que precisa ganhar e apresentar vitória. Neste caso, se a lista contém todas as indústrias essenciais, você perde aspecto importante da negociação”, afirma Aragão.

Danos aos EUA

Na avaliação de Canuto, a guerra tarifária “não tem como ter efeito positivo” para a economia dos EUA. Para ele, a discussão é o quanto esta política será danosa para os Estados Unidos e para o mundo. 

Na avaliação dele, os efeitos podem demorar a aparecer na economia americana, mas os primeiros impactos inflacionários já começam a despontar nos dados internos.

“Os indicadores já mostram um PIB menos dinâmico no segundo semestre, mas sem levar os EUA à recessão”, avalia.

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