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Política fiscal será decisiva para sucesso do próximo ciclo de cortes da Selic, avalia Solange Srour, do UBS WM

O sucesso do próximo ciclo de cortes da taxa Selic dependerá de uma política fiscal que não atue em sentido contrário, especialmente em um ano eleitoral. A avaliação é de Solange Srour, chefe de macroeconomia para o Brasil, e de Débora Nogueira, economista do UBS Wealth Management.

“A política fiscal no ano eleitoral será decisiva para o que acontecerá com o desvio da inflação no próximo ciclo de flexibilização da Selic.”

As economistas apontam que a inflação esperada para 18 meses está 1,6 ponto percentual (p.p.) acima da meta de 3%, de acordo com dados do Banco Central (BC). Mantidas as condições atuais, esse desvio recuaria para 1,3 p.p. em dezembro e 1,2 p.p. em março.

“Nossa sensibilidade é que esse desvio caia um pouco, mas não muito até lá”, afirmam.

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O desvio, segundo Srour e Nogueira, é relevante, mas não impediu cortes em ciclos anteriores, que começaram com diferenças semelhantes: Alexandre Tombini (2011) iniciou com 1,0 p.p., Ilan Goldfajn (2016) com 1,2 p.p. e Roberto Campos Neto (2023) com 1,1 p.p.

No entanto, os episódios de 2011 e 2023 fracassaram em ancorar expectativas e trazer a inflação para perto da meta, exigindo novo aperto monetário. “Todos ocorreram em um ambiente externo favorável, com dólar fraco frente a emergentes e valorização do real entre 10% e 12% em 12 meses”, lembram.

A diferença do ciclo liderado por Goldfajn foi a combinação de corte de juros com um ajuste fiscal “efetivo”, que reduziu cerca de 1,5 p.p. das despesas primárias em relação ao Produto Interno Bruto (PIB).

Em 2011 e 2023, por outro lado, o afrouxamento monetário ocorreu em meio a expansão fiscal, que manteve a economia aquecida e dificultou a queda da inflação.

Perspectiva mais benigna para o IPCA

As economistas do UBS afirmam que a desinflação de bens e alimentos mais intensa que o esperado sustenta um cenário mais favorável para a inflação em 2025.

O grupo de alimentação e bebidas, por exemplo, recuou pela segunda leitura consecutiva, com variações de -0,18% em junho e -0,27% em julho.

Embora o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 12 meses ainda esteja em 5,2% — abaixo do pico de 5,5% em abril —, as expectativas para o próximo ano já recuaram. As projeções do Boletim Focus caíram para 5% e tendem a avançar para a faixa de 4,5% a 4,8%.

Essa moderação começa a afetar prazos mais longos: a expectativa para 2026 recuou 0,14 p.p. desde o pico e, para 2027, a queda média de 0,13 p.p. sugere que a mediana também deve ceder nas próximas semanas.

O modelo do BC projetou, na reunião de julho, inflação de 3,6% para o horizonte relevante. Com a rolagem das projeções e queda adicional nas expectativas, o número pode cair para 3,3% ou 3,2% entre dezembro e março — patamar já classificado por diretores como “ao redor da meta”.

Apesar da melhora, as economistas ponderam que dificilmente as expectativas estarão plenamente ancoradas nos próximos meses.

Ainda assim, o ambiente externo segue favorável, com dólar enfraquecido — possivelmente reforçado pelo início da flexibilização do banco central dos Estados Unidos no fim do ano — e juros domésticos elevados, o que sustenta a valorização do real e contribui para a continuidade da desinflação.

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