Neste final de semana acontece o Grande Prêmio da Fórmula 1 em São Paulo, no circuito do Autódromo José Carlos Pace, mais conhecido como Interlagos. Além da disputa pelo título entre Lando Norris e Oscar Piastri que marca a temporada de 2025, o evento reserva uma estreia especial para o Brasil: o de Gabriel Bortoleto, da Sauber.
Aos 21 anos, Bortoleto rompe um jejum de oito anos sem um brasileiro no grid em território nacional. A última vez que o Brasil teve representação em Interlagos foi em 2017, quando Felipe Massa, pilotando pela Williams Racing, fez sua despedida do palco brasileiro.
De irmão piloto a ‘filho do dono’
Nascido em 2004, na cidade de Osasco (Grande São Paulo), Gabriel Bortoleto se mudou para a Itália aos 11 anos para seguir o sonho de se tornar piloto de Fórmula 1.
Após os títulos da FIA Fórmula 3 em 2023 e da FIA Fórmula 2 em 2024, ele alcançou o degrau máximo do automobilismo mundial.
VEJA MAIS: O que os balanços do 3T25 revelam sobre o rumo da bolsa brasileira e quais ações podem surpreender nos próximos meses – confira as análises do BTG Pactual
E fato é que o ambiente familiar colaborou com o percurso. O irmão mais velho de Gabriel, Enzo Bortoleto, teve passagens pela Fórmula 3 Britânica e pela Porsche Cup, mas enxergou o potencial do irmão caçula e abandoou a carreira atrás do volante. A decisão permitiu que a família concentrasse recursos e esforços exclusivamente em Gabriel.
Para além do irmão, o estreante em solo brasileiro pode ser considerado quase um ‘filho do dono’ — isso porque seu pai, Lincoln Oliveira, é dono da Stock Car.
Lincoln é CEO da Vicar e controlador do Grupo Veloci — que administra a Stock Car.
Gabriel Bortoleto e sua família – Reprodução Instagram
O salário milionário
É quase que óbvio que a maior competição de automobilismo do mundo vem junto de um bom salário, mesmo que para quem está em seu primeiro ano, como Bortoleto.
Segundo informações da imprensa internacional, o salário da promessa brasileira é de US$ 2 milhões por ano — cerca de R$ 10,7 milhões, na cotação atual. Ou seja, Bortoleto recebe quase R$ 1 milhão por mês.
Esse valor o coloca entre os novatos mais bem pagos do grid, ao lado de outros estreantes como Kimi Antonelli, da Mercedes, que também receberá US$ 2 milhões.
Apesar disso, o montante ainda está bem distante dos valores pagos aos pilotos consolidados. Para efeito de comparação, Max Verstappen, da Red Bull Racing, ganha cerca de US$ 65 milhões por ano — cerca de R$ 349 milhões — e Lewis Hamilton, da Ferrari, recebe aproximadamente US$ 60 milhões — cerca de R$ 322 milhões por ano.
Quanto um piloto de Fórmula 1 ganha?
Confira abaixo a lista completa dos salários anuais de cada piloto:
Max Verstappen (Red Bull Racing): US$ 65 milhões — R$ 349 milhões
Lewis Hamilton (Ferrari): US$ 60 milhões — R$ 322 milhões
Charles Leclerc (Ferrari): US$ 34 milhões — R$ 183 milhões
Fernando Alonso (Aston Martin): US$ 20 milhões — R$ 107 milhões
Lando Norris (McLaren): US$ 20 milhões — R$ 107 milhões
George Russell (Mercedes): US$ 15 milhões — R$ 80,6 milhões
Carlos Sainz (Williams): US$ 10 milhões — R$ 53,7 milhões
Pierre Gasly (Alpine): US$ 10 milhões — R$ 53,7 milhões
Alexander Albon (Williams): US$ 8 milhões — R$ 42,9 milhões
Nico Hülkenberg (Stake F1/Audi): US$ 7 milhões — R$ 37,6 milhões
Esteban Ocon (Haas F1): US$ 7 milhões — R$ 37,6 milhões
Oscar Piastri (McLaren): US$ 6 milhões — R$ 32,2 milhões
Lance Stroll (Aston Martin): US$ 3 milhões — R$ 16,1 milhões
Gabriel Bortoleto (Stake F1/Audi): US$ 2 milhões — R$ 10,7 milhões
Yuki Tsunoda (Racing Bulls): US$ 2 milhões — R$ 10,7 milhões
Kimi Antonelli (Mercedes): US$ 2 milhões — R$ 10,7 milhões
Oliver Bearman (Haas): US$ 1 milhão — R$ 5,37 milhões
Liam Lawson (Red Bull Racing): US$ 1 milhão — R$ 5,37 milhões
Jack Doohan (Alpine): de US$ 500 mil a US$ 1 milhão — de R$ 2,68 milhões a R$ 5,37 milhões
Isack Hadjar (Racing Bulls): de US$ 500 mil a US$ 1 milhão — de R$ 2,68 milhões a R$ 5,37 milhões