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O mercado ainda não tem certeza da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) nesta quarta-feira (18), mas já precifica corte na Selic à frente.
Para Raphael Figueredo, estrategista da XP, mesmo que ocorre um aumento de 0,25 ponto percentual (pp) dos juros – embora a expectativa majoritariamente aponte para a manutenção em 14,75% –, o fim do ciclo da alta da taxa Selic parece perto.
“Podemos dizer com certeza que estamos no fim do ciclo de alta da taxa de juros”, disse Rafi no Morning Call da XP desta terça (17). “Até um tempo atrás, a gente estava nesse regime onde a inflação subia e os juros também. É o pior regime. Mas o regime mudou”, pontuou.
“As taxas de juros caíram e o mercado costuma antecipar esse ciclo de queda da Selic”, afirmou o estrategista. Isso, segundo ele, indica que o regime mudou para inflação subindo e os juros caindo.
Renda variável
“A gente sai de uma relação ruim para uma relação bem positiva do ponto de vista de renda variável”, comentou. Com a inflação subindo e juros caindo, o Ibovespa tende a apresentar melhora, registrando retornos positivos em 62,5% dos casos, explicou Rafi.
Nesse contexto, a XP avalia que ações de baixo risco e alto valor costumam apresentar desempenho mais forte. Segundo a casa, instituições financeiras geralmente têm boas perspectivas, e as ações de varejo também mostram retornos consistentes acima da média nesse cenário.
“Passa agora a ser inevitável ter renda variável no portfólio”, disse. Ele vê momento oportuno de investir na Bolsa.
“Estamos diante de um contexto que talvez valha a pena pensar que o regime de queda de juros possa falar mais alto, mesmo com os desafios que tem pela frente. Fica mais favorável de se expor”, afirmou.
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