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‘Se o fiscal não passar por um cavalo de pau, não há Banco Central que consiga atingir seu objetivo’, diz Armínio Fraga

O ex-presidente do Banco Central, Arminio Fraga, afirmou que o Brasil corre o risco de enfrentar “uma crise de grandes proporções” se o governo não promover uma mudança drástica na política fiscal.

“Por melhor que seja o trabalho do Galípolo, se o fiscal não der uma guinada, passar por um cavalo de pau, não há Banco Central que consiga atingir seu objetivo”, disse nesta segunda-feria (6) em webinar, promovida pela Fundação FHC.

Fraga classificou a condução atual das contas públicas como “suicida”, alertando que o desequilíbrio fiscal é hoje o principal fator que limita a atuação da política monetária.

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“O tema fiscal é de longe o mais importante. As taxas de juros são o sintoma inequívoco disso”, afirmou.

Fraga também criticou as políticas de isenções, que, em sua visão, agravam o problema e pressionam ainda mais a taxa de juros.

Já o atual presidente da autarquia, Gabriel Galípolo, reiterou a ideia de cautela antes de alterar o nível atual da Selic. “Ninguém toma uma cartela de antibiótico no primeiro dia, nem interrompe o tratamento nos primeiros índices, mostrando que ele está melhorando”, disse também no evento.

Na última reunião de política monetária, em meados de setembro, o BC manteve a taxa de juros em 15% e disse ter entrado em novo estágio da política monetária, que prevê juros inalterados por longo período para buscar o cumprimento da meta de inflação.

Segundo Galípolo, as expectativas do mercado apontam para uma inflação acima da meta até 2028, segundo o relatório Focus, um indicativo “bastante incômodo” para o BC.

Ele afirmou que a dispersão da inflação tem recuado após atingir nível “bastante elevado” em abril, mas que esse processo tem se concentrado nos preços de bens, com a inflação de serviços seguindo em nível incompatível com a meta.

O presidente reiterou que o BC persegue o centro da meta de 3% e que a margem de tolerância de 1,5 ponto percentual(p.p.) é apenas para absorver choques, acrescentando que vislumbra a manutenção da taxa de juros em patamar restritivo por período prolongado.

“Eu tenho uma meta de inflação muito clara, que foi determinada por um comando legal”, disse ele. “O BC vai perseguir sua meta e fazer seu trabalho.”

No mais recente relatório Focus, divulgado nesta manhã, os economistas do mercado projetam inflação de 4,80% em 2025, 4,28% em 2026, 3,90% em 2027 e 3,70% em 2028.

Ele também reforçou que o BC é dependente de dados em suas decisões e que a economia caminha para uma “suavização” do crescimento, ainda que o cenário atual aponte para uma economia ainda aquecida.

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