O Governo Federal vai comprar alimentos perecíveis, como frutas, peixes e carnes de produtores que venderiam para os Estados Unidos, em meio a vigência da tarifa de 50% para produtos brasileiros.
A afirmação foi feita por Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, em entrevista à Voz do Brasil na noite de quarta-feira (20).
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Teixeira ressaltou que as compras vão proteger os empreendedores diretos e toda a cadeia produtiva. Os exportadores venderão os produtos pelo preço que eles utilizariam no mercado interno.
“Certamente o governo não tem como pagar o preço em dólar, que é o preço de exportação. Mas o governo tem como pagar o preço do mercado interno”, afirmou.
Alimentos serão destinados a programas públicos
Segundo a Agência Brasil, o destino dos produtos deve ser a merenda escolar, a alimentação das Forças Armadas, os hospitais, os restaurantes universitários e os programas de aquisição de alimentos destinados às populações em insegurança alimentar.
“O governo vai estimular que estados e municípios possam adquirir esses produtos pelos programas públicos da alimentação escolar”, disse.
O ministro explicou que isso vai representar uma alimentação escolar, por exemplo, com produtos da melhor qualidade.
“Nós estamos só regulamentando porque percebemos que alguns setores conseguem redirecionar rapidamente esses programas para outros países”.
Um dos exemplos que ele citou foi o caso da castanha que deve ser comercializada para a Europa.
“O mesmo acontece com o café. Não tem café no mundo hoje, em lugar nenhum, para substituir o produto brasileiro”, afirmou.
No caso da carne, o ministro afirmou que o produto pode ser estocado, congelado e redirecionado. No entanto, produtos mais perecíveis como mel, açaí, uva e peixes deverão ser absorvidos nos programas nacionais de compras públicas.
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